Os líderes que atuam no voluntariado, aprendem desde cedo que para liderar é preciso servir. Eles têm consciência que estão a serviço de causas humanitárias. Sabem que precisam influenciar pessoas de boa vontade para mantê-las entusiasticamente engajadas nas causas da instituição. Para tanto, devem identificar e satisfazer as necessidades legítimas dos seus liderados. Simultaneamente, precisam remover as barreiras e manter o grupo unidos. Desta forma, os voluntário serão capazes de gerar grandes transformações nas comunidades.
Lideranças totalmente voluntárias dirigem grande parte das organizações da sociedade civil, entidades religiosas e dos clubes de serviço. Neste meio, há muito tempo se pratica a gestão horizontal. O líder assume o papel de facilitador. Ele está a serviço da causa e da equipe. Em síntese, todos participam do processo decisório, não apenas as lideranças. Isto valoriza as habilidades individuais, gera mais engajamento e senso de pertencimento.
Na era do conhecimento a hierarquia tradicional não dá conta das necessidades das lideranças e dos liderados. A gestão horizontal ou participativa, amplamente utilizada no voluntariado vem sendo adotado no meio empresarial. Particularmente nas empresas de tecnologia. Isto demonstra o quanto o voluntariado pode contribuir na formação de lideranças sensíveis e capazes de construir relações de trabalho mais justa e humana.
Escolas de lideranças servidoras
O Lions e o Rotary são escolas de liderança servidoras. Estas instituições são formados por clubes de serviços com abrangência mundial. Eles são dirigidos totalmente por voluntários. Juntos, são mais de 80 mil clubes no mundo. Anualmente elegem novas diretorias. Para dar conta desta demanda, a formação continuada de lideranças é uma atividade estratégica. Os clubes de serviço são verdadeiras escolas de liderança servidoras. Além de capacitar, eles oportunizam aos associados a prática da liderança. Desta forma, os clubes de serviço entregam para o voluntariado, para o meio empresarial e para a sociedade, lideranças mais qualificadas. Definitivamente, o líder que utiliza a escuta ativa, valoriza as habilidades e estimula a participação das pessoas no processo decisório, formará equipes mais engajadas, eficientes e produtivas.